Entre diagnósticos, intencionalidade pedagógica e trabalho colaborativo
Encerrar o ano participando da Quinzena de Formação dos PECs de Desenvolvimento Curricular, na área de Ciências Humanas, foi uma experiência potente, formativa e, acima de tudo, profundamente humana. A formação, realizada na EFAPE, reuniu PECs de diferentes territórios, trajetórias e momentos profissionais, todos unidos pelo compromisso com o currículo, com a aprendizagem dos estudantes e com o fortalecimento da prática pedagógica nas escolas.
A proposta formativa foi estruturada a partir do Percurso Bloom Game, uma abordagem inspirada na Taxonomia de Bloom, que nos convidou a refletir, de forma prática e estratégica, sobre os níveis de complexidade cognitiva envolvidos no ensino e na aprendizagem. Ao longo do percurso, articulamos a leitura das avaliações diagnósticas, o uso do Currículo Priorizado e a exploração dos materiais digitais, sempre com o olhar atento às necessidades reais das turmas.
Mais do que analisar dados, fomos provocados a interpretar contextos: identificar onde a aprendizagem precisa ser recomposta, onde é necessário investir em recuperação e onde há espaço para aprofundamento. Essa leitura sensível dos diagnósticos orientou todo o trabalho desenvolvido ao longo da quinzena.
Organizados em salas temáticas e grupos colaborativos, realizamos estudos de caso, discutimos desafios concretos do cotidiano escolar e elaboramos planos de ação e propostas de aula alinhadas às evidências de aprendizagem. Cada etapa reforçou a importância da intencionalidade pedagógica: ensinar não é apenas cumprir conteúdos, mas planejar com clareza o que se espera que o estudante pense, compreenda, analise e produza.
A formação foi encerrada com uma plenária final, marcada por escuta, partilha e reflexão coletiva. Nesse momento, ficou evidente a força do trabalho colaborativo e o quanto a Taxonomia de Bloom, quando bem compreendida, pode ser uma aliada potente na organização do ensino e na qualificação das práticas pedagógicas nas escolas.
Como registro desse percurso, um breve trailer foi compartilhado, captando não apenas a dinâmica da formação, mas também o espírito de parceria, diálogo e construção coletiva que esteve presente do início ao fim.
Chego a este espaço e a este grupo com gratidão. Agradeço, de forma especial, à PEC Juliana, da URE Pirassununga, pela acolhida, pelas fotos compartilhadas e pela generosidade em abrir caminhos e conexões.
Este relato também acontece em um momento sensível para muitos PECs, em que processos de avaliação seguem em andamento e os caminhos profissionais podem se reorganizar — seja por recondução, novos desafios ou encerramento de ciclos. Por isso, mais do que resultados, esta formação reafirma a importância do respeito às trajetórias, do acolhimento e da compreensão de que não se trata de competição, mas de construção coletiva em favor da educação pública.
Fica o sentimento de fechamento de ano com propósito: reconhecendo o que foi construído, valorizando cada contribuição e renovando as esperanças para o próximo ciclo. Que sigamos fortalecendo o currículo, as Ciências Humanas e, principalmente, o sentido do nosso fazer pedagógico. ✨📚

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